Dentre os setores econômicos da agricultura
brasileira, o de florestas comerciais é um dos mais importantes dentro
das propostas do Governo Federal para gerar renda e preservar o meio
ambiente. Fomentar a atividade é o objetivo da Câmara Setorial da Cadeia
Produtiva de Florestas Plantadas, que já existe desde 2008 e cujo nome
foi oficializado nesta sexta-feira, 20 de julho, por meio da Portaria nº
662.
Anteriormente conhecida como Câmara Setorial da Cadeia Produtiva
de Silvicultura, o grupo formado por representantes de 21 entidades da
iniciativa privada e governamental debate propostas de incentivo ao
crescimento do setor, como planejamento estratégico e uma política
nacional para florestas plantadas.
De acordo com o consultor especial da câmara, César
Reis, o fórum é responsável pelo aumento de recursos e a viabilização do
registro de produtos químicos específicos. “Esta câmara setorial
auxiliou na construção do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono
[ABC], especialmente quanto à importância de incluir o incentivo a
plantação de florestas comerciais por meio de linhas de crédito
diferenciadas. Também trabalhamos em conjunto com a Secretaria de Defesa
Agropecuária do Ministério da Agricultura [Mapa] e outros órgãos
governamentais para registrar produtos que combatem pragas como vespa da
galha e piscilideo de concha”, explicou.
Apesar do Brasil ser abundante em recursos naturais –
solo, água e insolação, a área de florestas plantadas é relativamente
baixa, com 6,6 milhões de hectares. Países como a Finlândia, que possui
3,5% da extensão territorial brasileira, tem 5,9 milhões de hectares de
florestas plantadas.
A partir de políticas específicas, o setor espera que
até 2020 o espaço cultivado possa chegar a 15 milhões de hectares. O
Governo Federal, por meio do Programa ABC, espera auxiliar nos objetivos
de expansão das áreas florestais comerciais, com a finalidade de
reduzir a emissão de oito milhões a 10 milhões de toneladas de CO2
equivalentes nos próximos oito anos.
Mercado
A prática comercial da plantação de florestas
movimentou R$ 53 bilhões de reais em 2011. No mesmo período, o valor das
exportações foi de US$ 7,6 bilhões. Apenas de eucaliptos, pinus e teca,
o total de área plantada é de 6,6 milhões de hectares. Ao todo, o setor
emprega 4,7 milhões de pessoas de forma direta, indireta ou devido ao
efeito renda.
Um dos principais aspectos positivos da atividade,
além da preservação ambiental, é relativo a questões sociais. As
empresas do ramo investem em programas de responsabilidade social nas
áreas de educação, assistência social, saúde e educação ambiental. No
ano passado, esses investimentos somaram R$ 140 milhões.
Fonte: Ministério da Agricultura.
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