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Artigos técnicos e informativos do setor florestal

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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

BENEFÍCIOS DA ATIVIDADE FLORESTAL PARA O PRODUTOR RURAL

1. INTRODUÇÃO

As florestas têm grande importância para o homem desde a pré-história,
quando este começou a escrever sua história sobre a face da terra. No início, as
florestas eram usadas como fonte de alimento, caça, e a madeira, usada como lenha,
cabo de ferramentas e para a produção de armas. Com o passar dos tempos, o
homem começou a descobrir novas utilidades para os recursos que a floresta lhe
oferecia, como é o caso de utensílios domésticos, construções, veículos, etc.
Atualmente, as florestas e seus produtos estão mais do que nunca presentes na
vida das pessoas, plantar árvores se tornou uma alternativa muito interessante para
melhorar a propriedade, funcionando também como excelente fonte de renda. Além
disso, as florestas exigem pouca mão-de-obra, têm muita utilidade na propriedade
rural; ajudam, ainda, na melhoria do visual e valorizam a propriedade. O
reflorestamento é uma atividade lucrativa, porque funciona como uma caderneta de
poupança verde, que pode virar dinheiro quando o proprietário precisar dele.
Além das condições naturais muito favoráveis, o Brasil possui excedentes de
mão-de-obra no meio rural, bem como considerável domínio tecnológico das atividades
ligadas à formação de florestas, processamento e utilização da madeira.

2. UTILIDADES DE UMA FLORESTA PARA A PROPRIEDADE
Uma propriedade rural, em muitos recursos é auto-suficiente, e até pouco
tempo atrás, não eram raros os casos em que o proprietário dizia orgulhoso que
comprava na cidade, apenas o sal, a querosene e o macarrão, e o restante do
necessário para subsistência era tirado na propriedade. No caso florestal estes
produtos são:

- Lenha: é bastante comum em cidades do interior e na zona rural, o uso deste
recurso como fonte de energia para a produção de alimentos. São comuns também
alguns tipos de indústria que utilizam este tipo de recurso, como é o caso das
cerâmicas.
- Mourões: o mourão de madeira é utilizado na construção de cercas para
demarcação de propriedades, delimitação de áreas agrícolas e pastagens, etc.
- Currais: da mesma forma que os mourões, a forma mais eficiente e barata de se
construir este tipo de benfeitoria, é a utilização de materiais que muitas vezes são
conseguidos dentro da própria fazenda, como é o caso da madeira.
- Construções: quando nos referimos às construções cobertas, vem-nos novamente a
necessidade de uso de um material que satisfaça as nossas necessidades
estruturais, de maneira eficiente e barata. Desta forma, o material que satisfaz
estas necessidades é a madeira.
- Ferramentas: a madeira é o material que apresenta resistência e peso compatíveis
com os trabalhos braçais, e na zona rural, na maioria das vezes é gratuito.
- Veículos e acessórios rurais: carros de boi, cabeçalho, cheda, cocão, chumacho,
guiada-de-ferrão, charrete.
Além desses produtos, existem também os produtos florestais não madeireiros:
- Folhas, Frutos, sementes, raízes e casca: estas partes das árvores de algumas
espécies florestais podem ser usadas na produção de alimentos, cosméticos,
especiarias, medicamentos, objetos decorativos, corantes, etc.
- Óleos essenciais: estes óleos geralmente são extraídos das folhas, utilizados na
produção de cosméticos, perfumes, materiais de limpeza, etc.
- Resinas: as resinas são normalmente extraídas de espécies de coníferas e usadas
na produção de colas, tintas, vernizes, corantes, breu, etc.

3. UTILIDADES COMERCIAIS DAS FLORESTAS
Quando nos referimos à utilização comercial das árvores, salvo os casos da
Floresta Amazônica e alguns poucos casos de maciços florestais nativos de outras
regiões, que ainda têm a sua utilização comercial permitida, estamos nos referindo à
utilização de produtos provenientes de florestal plantadas, que têm o seu cultivo
destinado a esse fim. Alguns produtos comerciais que podem ser obtidos de recursos
florestais são:
- Lenha: anteriormente nos referimos à produção de lenha para o abastecimento da
propriedade. Naquele caso é permitida a retirada nas áreas averbadas como
reserva legal. Para este caso, na maioria das regiões brasileiras, a produção só é
permitida a partir de florestas plantadas, uma vez que, o produto será
comercializado;
- Postes: para a produção de postes, há bem mais tempo as empresas de energia e
telefonia já utilizavam árvores provenientes de florestas plantadas, devido ao porte
e uniformidade do tronco;
- Mourões: a produção é em grande parte, proveniente de processos extrativistas,
que não contemplam a reposição ou manejo dos maciços de onde foram retirados.
Portanto, uma alternativa é a produção de mourões a partir de florestas plantadas
com espécies de rápido crescimento, e usando-se processos de tratamento para
aumentar a durabilidade dos mesmos;
- Dormentes para estradas de ferro: esta é a utilização da madeira que,
historicamente motivou os primeiros plantios de eucalipto no Brasil, no começo do
século XX, na região de Rio Claro, SP.
- Madeira para usos diversos: móveis, suporte para construções, construções
residenciais, utensílios, molduras, objetos decorativos, veículos e embarcações,
ferramentas, embalagens, palitos, tonéis, material escolar, instrumentos musicais,
papel e carvão vegetal.

4. REFLORESTAMENTO: VANTAGENS E DESVANTAGENS
Como toda e qualquer atividade ou situação em que nos encontramos, o
reflorestamento apresenta pontos positivos e negativos, e os principais são citados a
seguir:

4.1. VANTAGENS:
- As espécies utilizadas geralmente são de rápido crescimento;
- Fonte alternativa de matéria-prima para a propriedade a baixo custo;
- Fonte de renda para a propriedade;
- Produtos comerciais de boa qualidade;
- Muitas espécies comportam-se bem em sistemas de consórcio;
- Exigência nutricional semelhante às culturas agrícolas tradicionais;
- Menos burocracia para autorizar a exploração;
- Captura de CO2;
- Menor impacto ambiental ao solo do que as culturas tradicionais;
- Aproveitamento de áreas marginais;
- Pode contribuir para completar a reserva legal;
- Redução da pressão exploratória sobre os remanescentes de matas nativas.
4.2. DESVANTAGENS:
- Ciclo muito longo, quando comparado com culturas tradicionais;
- Como qualquer monocultura, apresenta problemas de redução da biodiversidade
local;
- A madeira por ser relativamente de baixo valor e elevado volume, o custo de
transporte a grandes distâncias pode inviabilizar o empreendimento;
- Não apresenta viabilidade para propriedades muito reduzidas, por ocupar as áreas
que seriam destinadas às culturas de subsistência.
5. VIABILIDADE DA ATIVIDADE FLORESTAL
O termo viabilidade pode ser analisado de sob vários pontos de vista. Assim,
um projeto florestal pode apresentar esta viabilidade de quatro formas principais:
Viabilidade Técnica, Ambiental, Social e Econômica.
- Técnica: ter viabilidade técnica significa ter condições de produzir, e isso, no Brasil
nós temos de sobra, pois, as espécies usadas crescem bem, temos grande
disponibilidade de área, técnicos especializados, boas condições climáticas, etc.;
- Ambiental: as culturas florestais apresentam alguns inconvenientes ambientais,
como já foi mencionado anteriormente. Mas, se comparadas a outras atividades
agropecuárias, estes impactos ambientais são bem menores na atividade florestal;
- Social: o benefício social da cultura florestal pode vir da geração de empregos no
setor rural, e conseqüentemente, da melhoria da qualidade de vida do proprietário
e dos funcionários;
- Econômica: a cultura florestal pode funcionar como uma poupança, se encarada
como sendo um capital que está crescendo em forma de madeira ou outro produto.
De forma simplificada, um empreendimento para ser economicamente viável, tem
que apresentar lucro, e nesse caso, a cultura florestal pode ser bastante vantajosa
para o proprietário, uma vez que, o produto é geralmente de qualidade e o mercado
garantido. A viabilidade econômica de um projeto é analisada pelos indicadores
econômicos. Dentre eles, os mais utilizados são o lucro ou Valor Presente Líquido (VPL)
e a rentabilidade ou a Taxa Interna de Retorno (TIR). No Quadro 1 são apresentados
esses indicadores para atividades agropecuárias no município de Viçosa-MG, segundo
Fontes (2001).
Quadro 1 – Valor Presente Líquido (VPL) e Taxa Interna de Retorno (TIR) para
atividades agropecuárias para o município de Viçosa-MG, usando Taxa de juros de 8%
ao ano, Valor da terra de R$ 1.500,00.
Cultura VPL (US$/ha) TIR (%)
Reflorestamento 1.686,09 8,62
Milho 884,63 5,43
Feijão 3.421,34 14,87
Café 4.703,46 15,42
Pecuária de leite 1.050,28 6,32
Pecuária de corte 823,26 5,13
Fonte: FONTES (2001).
6. AGRADECIMENTOS
Ao CNPq pela concessão de bolsas, à FAPEMIG pelo apoio financeiro e à UFV
pela infra-estrutura e pessoal disponibilizados para realização do presente trabalho.

FONTE: Márcio Lopes da Silva, Gabriel de Magalhães Miranda,
Sidney Araújo Cordeiro

PESQUISADOR DESENVOLVE MÉTODO DE CONTROLE DE FORMIGAS

Encontradas exclusivamente nas regiões tropicais e subtropicais das Américas, as formigas cortadeiras dos gêneros Atta e Acromyrmex – conhecidas popularmente como saúvas e quenquéns – são uma das pragas que mais afetam a agricultura no Brasil, diminuindo a produtividade.

 No município fluminense de Campos de Goytacazes, o zoólogo Richard Ian Samuels, professor da Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) e Cientista do Nosso Estado da FAPERJ, coordena o desenvolvimento de dois métodos de controle desses insetos, que atacam muitas espécies de plantas cultivadas, cortando folhas e ramos.

 O primeiro estudo em curso no Laboratório de Entomologia e Fitopatologia da Uenf, contemplado pelo edital de Apoio à Infraestrutura de Biotérios, da Fundação, propõe uma alternativa ecologicamente correta para o combate às formigas cortadeiras. Em vez de formicidas químicos, que são perigosos para o meio ambiente e para quem aplica o veneno, entra em cena o controle biológico, com base nos patógenos naturais das formigas. Para isso, o professor Richard Samuels investiga uma forma de utilizar um fungo entomopatogênico como uma arma de infecção às formigas.
Trata-se do fungo Metarhizium anisopliae. Trocando em miúdos, ele pode ser um bom aliado na guerra contra as formigas porque tem a capacidade de penetrar em seus tegumentos (espécie de armadura que envolve o corpo do inseto) e colonizar o interior de seu organismo, causando morte por infecção em cerca de três dias. Mas existe um porém. Para o fungo agir como um mecanismo de controle às formigas cortadeiras, ele precisa vencer as bactérias da espécie Pseudonocardia, que atuam como verdadeiras amigas das formigas, formando uma barreira imunológica de defesa e inibindo a ação do fungo.  
A estratégia adotada por Samuels é desenvolver um modo de furar o bloqueio das defesas das formigas contra a infecção pelos fungos. Para isso, ele vem coordenando testes no Laboratório de Entomologia e Fitopatologia da Uenf. “As formigas usam as bactérias Pseudonocardia como um escudo para se defender dos fungos. Por isso, estamos testando no laboratório o uso de antibióticos para reduzir essa barreira imunológica e permitir que o fungo tome conta do ninho”, resume o pesquisador.
Os resultados dos testes laboratoriais foram animadores e renderam uma publicação recentemente aceita na renomada revista britânica Biology Letters. “O tratamento com antibiótico gentamicina visualmente reduziu a população de bactérias no tegumento das formigas observadas e as tornou mais suscetíveis à infecção pelo fungo, com mortalidade de 47,7%. Isso mostra a importância das bactérias Pseudonocardia na defesa contra patógenos das próprias formigas”, detalha o professor.
Samuels dá continuidade à pesquisa para, no futuro, definir melhor uma solução para o biocontrole das formigas cortadeiras no campo e colocá-la à disposição do mercado. “Até o momento, ainda não foi encontrada uma estratégia de controle biológico eficiente para as formigas cortadeiras, por causa dos seus mecanismos naturais de defesa. Nesse sentido, as perspectivas de trabalho abertas pela pesquisa são um avanço”, justifica o zoólogo.
Nova linha para o controle químico das formigas
O segundo estudo coordenado pelo professor Richard Ian Samuels, que está em andamento na Uenf e foi contemplado pela FAPERJ no edital de Apoio ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico Regional do Rio de Janeiro (DCTR), tem como meta verificar a possibilidade de implementação de uma nova forma de controle químico das formigas cortadeiras: a aplicação de iscas líquidas ou em gel. Atualmente, o controle químico destes insetos é feito, principalmente, com iscas sólidas. Mas estas apresentam eficiência reduzida, devido à dificuldade de ingestão do veneno pelas formigas, que só ingerem substâncias líquidas.
Dessa vez, a proposta é aproveitar o mecanismo de troca de alimentos líquidos pelas formigas, denominado trofalaxia oral. Nesse processo, uma formiga transfere para outra o alimento que ingeriu primeiramente e se encontra dentro do seu próprio papo, por regurgitação. “Por causa da trofalaxia, a isca líquida ou em gel é mais facilmente transmitida de uma formiga para outra do que uma isca sólida, que tem efeito restrito àquela formiga que ingeriu a isca. Por isso, estamos testando no laboratório algumas formulações para o desenvolvimento de um veneno líquido ou em gel”, explica Samuels. “A ideia é que uma formiga transmita o veneno para a outra sucessivamente, até que a rainha seja contaminada e, então, o ninho entre em colapso em poucas semanas”, completa.
Outra questão é que as iscas sólidas disponíveis no mercado, atualmente, têm como princípio ativo a sulfuramida, considerado altamente tóxico para o meio ambiente e para o responsável pelo manuseio e aplicação do produto. “O governo federal vai proibir o uso da sulfuramida na aplicação de iscas sólidas a partir de 2012. Daí a urgência para o desenvolvimento de outras alternativas de iscas”, destaca Samuels. O segundo trabalho ainda não chegou aos resultados finais, mas já aponta para um caminho interessante no combate à praga das formigas cortadeiras. “Este projeto é capaz de gerar patentes para novas formulações de iscas químicas e, futuramente, poderemos fechar parcerias com empresas de produtos agrícolas”, prevê. 
Participam da equipe coordenada pelo professor Richard Ian Samuels as técnicas de nível superior Denise Dolores Oliveira Moreira (do quadro permanente da Uenf) e Verônica de Morais (bolsista de Apoio Técnico da FAPERJ), além do aluno de mestrado da Uenf Thalles Cardoso Mattoso.
FONTE: FAPERJ