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Diversidade de materiais genéticos de eucalipto testados em todas regiões brasileiras e para diversos segmentos florestais Mais informações »

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Artigos técnicos e informativos do setor florestal

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quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Agricultor poderá ter benefício para preservar florestas

Senador Jorge Viana sugere critério para conceder vantagens aos que seguirem o Código Florestal ou forem além das obrigações mínimas estabelecidas


por Agência Senado

 Shutterstock

Se forem aceitas as sugestões do senador Jorge Viana (PT-AC) para o texto do projeto do novo Código Florestal, os incentivos econômicos para manutenção e recomposição de vegetação nativa poderão ser proporcionais ao cumprimento da legislação florestal.

No substitutivo do projeto de reforma da lei ambiental apresentado na Comissão de Meio Ambiente (CMA), Jorge Viana estabelece o critério da premiação progressiva, concedendo vantagens àqueles que seguiram a lei ou foram além das obrigações mínimas para áreas protegidas, como reserva legal e Áreas de Preservação Permanente (APP).

O programa poderá contemplar pagamento por serviços ambientais, compensações por gastos com medidas de conservação e proteção ambiental, tratamento diferenciado em programas de comercialização e incentivos à pesquisa e inovação tecnológica, entre outros. No texto, Jorge Viana também prevê incentivos para os produtores que fizerem a recomposição de áreas protegidas. Há também benefícios para agricultores que desmataram de forma irregular, mas que estejam em processo de regularização de suas áreas.

A progressividade do acesso de cada produtor aos incentivos econômicos e financeiros deverá ser determinada nos Programas de Regularização Ambiental, mas o novo Código Florestal poderá indicar instrumentos para estimular os produtores rurais a manter ou ampliar áreas florestadas em suas propriedades. Entre os instrumentos incluídos no projeto estão: redução de juros em programas de crédito, isenção de impostos e a oferta de financiamentos em condições facilitadas para recuperação de matas.

O substitutivo de Jorge Viana deverá ser votado na CMA nesta quarta-feira (23/11), última comissão a examinar o texto antes do Plenário. Como foi modificado pelos senadores, o projeto precisará voltar à Câmara dos Deputados, antes de seguir para sanção.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Guanandi, um excelente negócio

Taxonomia
Família: Clusiaceae
Gênero: Calophyllum
Espécie: Calophyllum brasiliensis

Madeira muito utilizada no Brasil pelas comunidades tradicionais desde o período imperial e muito popular em outros países da América do Sul e do Caribe, podendo substituir o Mogno (Swietenia spp.) e o Cedro (Cedrela spp.) esteticamente.


Nomes populares

No Brasil – Guanandi, Olandi, Galandim, Jacareúba(Amazônia), Gulande-carvalho, Guanandi-carvalho, Guanandi-cedro, Landim.
No exterior – Alfaro, Arary, Bari, Cachicamo, Cedro Maria, Cojón, Garrapato, Maria, Ocuje, Palo Maria, Santa Maria.

Ocorrência Natural

Latitude: 18ºN em Porto Rico a 28o10’S no Brasil, em Santa Catarina.
Variação altitudinal: de 5m, no litoral das Regiões Sul, Sudeste e Nordeste a 1.200m de altitude no Distrito Federal. Fora do Brasil, atinge até 1.500m de altitude.

Características gerais

Altura de 20-40m, com tronco de 40-60 cm de diâmetro. Em algumas regiões pode alcançar até 150 cm de DAP. O tronco é geralmente reto e cilíndrico.

Distribuição geográfica

Calophyllum brasiliensis ocorre de forma natural na América Central e América do Sul.
No Brasil, a espécie ocorre nos seguintes estados:
Amazonas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins, Distrito Federal.

Clima

Precipitação pluvial média anual: de 1100mm a 3000mm.
Deficiência hídrica: estação seca até 3 meses, com déficit hídrico moderado na região Centro – Oeste.
Temperatura média anual: 18°C a 27° C

Solos

O Guanandi ocorre naturalmente em solos aluviais com drenagem deficiente, em locais úmidos periodicamente inundáveis e brejosos, com textura arenosa a franca, e ácidos (pH 4,5 a 6,0). Por outro lado ocorre também naturalmente em solos bem drenados, onde sofreu intensa exploração.

Nos plantios experimentais desenvolvidos pela Embrapa Florestas, no Paraná – em solos com propriedades físicas adequadas, como de fertilidade química alta a média, bem drenados, de textura que varia de franca a argilosa – a espécie tem apresentado crescimento satisfatório, não apresentando limitação quanto à drenagem.


Características da madeira
Moderadamente pesada (densidade 0,62 g cm-3), fácil de trabalhar, moderadamente durável quando exposta. Possui a cor variando entre o róseo-acastanhado ao bege-rosado, tendendo para o castanho.

Possui cerne e alburno pouco distintos pela cor; cerne bege-rosado tendendo para castanho, em alguns espécimes observa-se pequenas manchas longitudinais de coloração castanha mais escura; cheiro e gosto imperceptíveis; densidade média; moderadamente dura ao corte; grã irregular; textura média; superfície lustrosa.

A madeira é própria para confecção de canoas, mastros de navios, vigas, para construção civil, obras internas, assoalhos, marcenaria e carpintaria; o governo imperial reservou para o estado o monopólio de exploração dessa madeira em 1810 para uso exclusivo na confecção de mastros e vergas de navios, sendo, portanto a primeira madeira de lei do país (lei de 7 de janeiro de 1835).

A árvore é bastante ornamental, podendo ser empregada no paisagismo em geral. Os frutos são consumidos por várias espécies da fauna, sendo, portanto útil no reflorestamento misto de áreas ciliares degradadas.

É uma madeira amplamente usada nos trópicos depois do Mogno e Cedro para movelaria em geral, para embarcações e construções de luxo, se tem usado como chapa na Guatemala. Foi usada pelos Mayas para construção.

Também é usada como madeira estrutural, construção interna e externa, carpintaria em geral como portas, janelas, pisos, gabinetes de primeira classe, forros, adornos, postes e estacas, torneados, instrumentos musicais ou parte destes; pisos para plataforma de caminhões, carrocerias, degraus de escadas e corrimões, artesanatos, dormentes de ferrovias.


Construção civil

– Leve interna estrutural: ripas e partes secundárias de estruturas.
– Leve interna decorativa: lambris, painéis e forros.

Mobiliário

– Alta qualidade: revestimento (lâmina) de móveis decorativos e móveis finos, tampos de mesa e balcões.

Outros usos da madeira e subprodutos da espécie

Folhas faqueadas/laminadas decorativas, barris de vinho, ofurôs, montantes de escadas singelas e extensíveis, embalagens, construção naval, instrumentos musicais, pontes, pisos de taco e tabuado, decks.

O látex extraído do tronco do Guanandi tem aplicações medicinais e sua semente produz, em média, 40% de óleo vegetal puro, que pode ser destinado à indústria cosmética e de biodiesel.

Existem estudos em desenvolvimento avançado pela Tropical Flora do óleo vegetal extraído de sua semente que deixam claro a qualidade do mesmo. Podemos citar comparativamente o óleo de Tamanu, o qual é extraído da semente de outra árvore muito semelhante da mesma família e gênero (Calophyllum inophyllum, nome popular - Kamani). Esse óleo já é muito utilizado em diversos cosméticos ao redor do mundo, como sabonetes, shampoos, óleos hidratantes, etc.

A empresa brasileira Phytoervas já utiliza o óleo de Tamanu para a fabricação de alguns desses produtos, utilizando matéria prima toda importada para esse fim, por não existir fornecimento em escala comercial no Brasil. Esse é um mercado atrativo que se abre aos produtores de Guanandi, os quais podem gerar receita com a venda da semente, a qual pode ser coletada a partir do terceiro ano após o plantio.


Desenvolvimento da espécie no Brasil
A Tropical Flora Reflorestadora possui plantios próprios desde 2003 na região de Garça, interior de São Paulo e foi a primeira empresa a iniciar plantios em escala comercial dessa espécie de madeira nobre tropical. A região possui clima quente/úmido no verão e ameno/seco no inverno, apresentando 2 a 3 meses com pouca ou nenhuma chuva (recebe, em média, 1200 mm de chuva por ano). Nessas condições o Guanandi tem apresentado um ótimo desenvolvimento. Foi escolhida pelas excelentes características silviculturais e pela comprovada qualidade de madeira.
O Guanandi é plantado em países da América Central, como a Costa Rica, há mais de 15 anos, onde apresentou crescimento satisfatório, sendo documentado em diversas teses de estudo realizadas pela OET (Organización de Estudos Tropicales) e CATIE (Centro Agrónomico Tropical de Investigacion y Enseñanza), algumas delas utilizadas como base estudo para o desenvolvimento de plantios no Brasil pela Tropical Flora.
Além de plantios comerciais no estado de São Paulo, foram implantados projetos em outras regiões do país, como Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Bahia e Paraná, os quais apresentam bom desenvolvimento silvicultural.
O fator limitante encontrado pelo Guanandi nos locais de plantio foi a pouca resistência a geadas freqüentes no início do seu desenvolvimento (2 primeiros anos). Fora isso se adapta bem em diversos tipos de solo e clima, respondendo bem ao bom manejo silvicultural, sendo uma espécie pouco suscetível a pragas que inviabilizem o plantio.
O corte final do Guanandi é previsto ente o 18º e o 20º ano e os desbastes para o 6º, 12º e 15º anos. O rendimento de madeira estimado é de 300 m³ de madeira em tora por hectare.
Em pesquisas realizadas no mercado, o valor do metro cúbico da madeira de Guanandi se aproxima muito do Mogno e Cedro Rosa, aos quais ele é comparado em estudos científicos realizados pelo IBAMA, UNESP, entre outras instituições.
Em virtude da existência de plantações de Guanandi com diversas idades e do bom conhecimento da silvicultura da espécie, foi construído o cenário de crescimento com base em dados reais de plantações existentes na América Central (Petit & Montagnini 2004), onde o ciclo de rotação estimado para o Guanandi em plantações comerciais determina o máximo rendimento, bem como o volume comercial esperado na colheita é apresentado aos 18 anos, com média de 296m3 por hectare plantado, altura média de 18 à 20m e diâmetro médio à altura do peito, de 40 à 45 cm.

Em virtude de aplicações de técnicas modernas de implantação e manejo silvicultural, as plantações no Brasil da Tropical Flora Reflorestadora mostram uma superação de 10 a 20%, se comparado às plantações da mesma idade na América Central.
 
Bibliografia consultada

PETIT,B. MONTAGNINI, F. 2004. Growth equations and rotation ages of ten native species in mixed and pure plantations in the humid neotropics. Forest Ecology and Management (in press)

LORENZI, H. Árvores Brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brail. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002.

CARVALHO, P. E, R. Espécies Arbóreas Brasileiras. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica; Colombo, PR: Embrapa Florestas, 2003.  
  

sábado, 19 de novembro de 2011

Eucalipto pode atingir 100 m3/ha/ano

O mito da raiz do eucalipto, saiba a verdade

Eucalipto de múltiplo uso

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

PROJETO DE JARDIM EM 3D

Muitas vezes o cliente gostaria de ter uma noção mais realista de como ficara o seu jardim depois de pronto. Com isso montamos uma prévia em 3D, ilustrando o mais próximo da realidade futura desse jardim.
Entre em contato, e tenha ideia realista de como ficará o seu jardim.

A importância das florestas para o clima do planeta

A terra sempre passou por mudanças climáticas que por vezes esquentaram mais o planeta e em outras o tornaram mais frio.
Muitos estudos indicam que as ações humanas são as principais responsáveis pelo aquecimento atual do planeta. 
 
Mas até que ponto nossa espécie é realmente culpada? Será que não estamos enfrentando mais um ciclo natural de mudanças no clima? 
 
Não são perguntas fáceis de responder até porque não temos dados suficientes de épocas passadas, porém nos últimos 200 anos temos lançado uma quantidade enorme de gases que causam o aquecimento do planeta (efeito estufa) e esse fato é por demais preocupante. 
 
Os estudos em ecossistemas florestais são de grande importância, já que as plantas interagem constantemente com a atmosfera, através da fotossíntese, utilizando o gás carbônico (CO2), para o seu crescimento. 
 
As pesquisas vêm demonstrando a grande importância da conservação das florestas para regulação do clima, já que as mesmas estocam grandes quantidades de carbono. Quando são queimadas ou derrubadas, lançam enormes quantidades de CO2 na atmosfera, juntamente com o solo que ficou exposto, pois o mesmo também possui muito carbono armazenado.
 
Florestas mais antigas e preservadas tem grandes quantidades de carbono, principalmente nas grandes árvores. Ao mesmo tempo, as mais novas, que ainda estão se desenvolvendo, possuem uma enorme capacidade de retirar carbono da atmosfera e fazem isso com extrema eficiência justamente pelo fato de estarem crescendo e 'engordando'. 
 
Para um melhor entendimento deste assunto, a pesquisa que estamos realizando desde 2007, na região centro sul do estado, tem revelado dados preliminares bastante interessantes quanto á diferença de carbono estocado em cada uma das três florestas que estão sendo estudadas. Na área mais preservada, com idade acima de 80 anos, encontramos um estoque de carbono quase seis vezes maior que numa floresta de 25 anos, e cerca de quatro vezes maior que numa floresta de 50 anos. O próximo passo será investigar o quanto de carbono essas florestas estocam por ano, para podermos entender a real importância desses ecossistemas num cenário de mudanças no clima. 
 
Muitas perguntas ainda precisam ser respondidas, entre elas:
 
Até que ponto as florestas podem se beneficiar do excesso de CO2 na atmosfera? Qual será a resposta desses ecossistemas com o aumento da temperatura? Será que os serviços que essas florestas prestam aos seres humanos serão impactados com um planeta cada vez mais quente? 
 
Investir cada vez mais em pesquisa é uma das soluções para podermos entender melhor o funcionamento dos ecossistemas e tentar prever o quanto seremos afetados pelos extremos climáticos. 
 
Enfim, conservar as florestas remanescentes e criar amplos projetos de reflorestamento serão sempre ações positivas, seja pela importância desses ecossistemas para a sociedade humana ou pelo enorme compromisso que temos para com as gerações futuras. 
 
Ângelo Mendonça - Biólogo, pós graduado em Análise Ambiental. Pesquisador científico e professor do Instituto Zoobotânico de Morro Azul (IZMA). CRBio: 42.045/02. Contato: mendonca.angelo@gmail.com 

Fonte: panoramaregional.com.br

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Estudo alerta para o baixo crescimento da oferta de florestas plantadas

Um setor cujo valor bruto da produção alcança quase R$ 52 bilhões - o equivalente a 17% da produção agrícola brasileira, a silvicultura tem se transformado em uma economia de mercado no País. Vem recebendo investimentos expressivos e apresenta potencial agressivo de crescimento, tanto em função da demanda do setor de celulose e papel, quanto dos segmentos de painéis reconstituídos, biomassa e carvão.





Contudo, o ritmo de crescimento da produção florestal não deverá ser suficiente para atender a demanda, destacadamente da parte da indústria de celulose e papel. O alerta foi feito por Jefferson Bueno Mendes, presidente daPöyry Silviconsult, maior empresa de consultoria especializada em negócios florestais.

Trabalhando em conjunto com todos os players do setor florestal brasileiro, com soluções nas áreas de gestão florestal, posicionamento socioambiental e inteligência de mercado, a Pöyry Silviconsult apresentou um estudo aos executivos do setor comparando a evolução da oferta de madeira proveniente de florestas plantadas com as projeções de crescimento da demanda das indústrias de base florestal.

Em síntese, para atender o crescimento previsto das indústrias de papel e celulose, painéis reconstituídos, biomassa, carvão, madeira serrada e laminados, o estudo aponta para um déficit mínimo da ordem de 1,3 milhão de hectares plantados até 2020. Especificamente em relação ao setor de papel e celulose, espera-se uma produção adicional da ordem de aproximadamente 10 milhões de toneladas de celulose, volume inclusive inferior aos projetos já anunciados, que somam 17 milhões de toneladas/ano de celulose até 2020. Caso todos os projetos sejam implantados, o déficit de área plantada será da ordem de 2,3 milhões de hectares.

"Hoje há um risco de uma dissociação regional entre oferta e demanda, ou seja, um descompasso entre a previsão de plantio de florestas e os projetos industriais em andamento e já anunciados, além da demanda prevista em outros setores", destacou Jefferson Bueno Mendes. Ele lembrou que a indústria de celulose é responsável por absorver 37,5% da produção de madeira, mas outros setores estão em expansão.

A demanda por painéis reconstituídos, por exemplo, cresce aproximadamente 10% ao ano e até 2017 deverá ampliar sua capacidade de produção em 3,8 milhões de toneladas, inclusive substituindo em parte os produtos serrados e compensados, cujo consumo vem acompanhando apenas a evolução do PIB.

Já a biomassa florestal -- um mercado emergente no Brasil e no exterior, e que desponta com grande potencial como fonte de energia renovável -- também deverá ampliar a demanda por madeira proveniente de florestas plantadas, crescendo no mínimo 3,5% ao ano. Há ainda o segmento de carvão, que atualmente absorve 10% da madeira produzida. Embora seja ainda um mercado em estruturação, a tendência também é de consumo crescente, aproximadamente 6% ao ano até 2020.

"Para dar sustentação ao seu próprio crescimento acelerado, a agroindústria tem uma demanda cada vez maior", lembrou o presidente da Pöyry Silviconsult, ao ressaltar a necessidade de expansão das florestas plantadas.

As regiões que concentram atualmente os ativos florestais não têm capacidade expressiva de ampliação da área plantada -- caso das regiões Sul e Sudeste, que representam 75% da produção florestal. Para compensar esse problema, as regiões Norte, Centro-Oeste e Nordeste começam a despontar como alternativas.

Há, portanto, diversas oportunidades de mercado, não só no contexto nacional, mas também no internacional, com a Europa migrando cada vez mais para uma energia verde. Em contrapartida, questões como o novo projeto de lei que restringe a compra de terras por estrangeiros, podem impactar este mercado.

O presidente do Grupo Pöyry, Marcelo Cordaro, observa que é necessário não só ampliar a produção florestal, mas também promover a gestão da produtividade. "Quando se observa a curva de custos, constata-se que não dá mais para contar apenas com a vantagem natural brasileira", complementou Cordaro.

ASSOCIAÇÃO DE SUCESSO

Pöyry Silviconsult é resultado da associação do Grupo Pöyry - multinacional finlandesa de consultoria e serviços de engenharia - e da Silviconsult, segunda maior empresa brasileira de consultoria para empresas de base florestal do Brasil, sediada em Curitiba, no Paraná. Há 21 anos no mercado, e contando com uma equipe de especialistas com larga experiência na iniciativa privada, a empresa oferece soluções sustentáveis para negócios florestais, gestão socioambiental e inteligência de mercado. Juntamente com a Pöyry Tecnologia, oferece soluções globais e sustentáveis para toda a cadeia produtiva do setor florestal.

Para mais informações acesse www.poyry.com.br e www.silviconsult.com.br.

segunda-feira, 14 de novembro de 2011

PROGRAME SUAS MUDAS!!


terça-feira, 8 de novembro de 2011

Eucalyptus: Mitos e verdades sobre o Eucalipto em relação ao uso da água




Ele retém menos água que as matas nativas que tem as copas maiores, permite que a água chegue ao solo mais rapidamente por ter menos folhagem, que também diminui a evaporação pra atmosfera. Tem uma capacidade de absorver mais água na época das chuvas e menos na época da seca. Suas raízes não ultrapassam dois metros e meio, portanto não chegam aos lençóis freáticos, e também consome bem menos água que uma plantação de cana-de-açúcar, de café, de soja, de arroz até da carne de frango e da carne de boi. Estudos recentes revelam que o eucalipto é muito eficiente no aproveitamento da água. Enquanto um litro produz 2,9 gramas de madeira, a mesma quantidade de água produz apenas 1,8 gramas de açúcar, 0,9 gramas de grãos de trigo e 0,5 gramas de grãos de feijão. A afirmação de que o eucalipto empobrece o solo também é falsa, pois quase tudo que ele retira ele devolve. Após a colheita, cascas, folhas e galhos que possuem 70 por cento de nutrientes da árvore, permanecem no local e incorporam-se ao solo como matéria orgânica, além de contribuir para o controle da erosão. Também é comum ouvirmos que o eucalipto gera um deserto verde. Afirmação também falsa. Por ter de deixar parte da área da propriedade para reserva legal e área de proteção permanente, o eucalipto e os sub-bosques formam um corredor para áreas de preservação e criam um habitat para a fauna, oferecendo condições de abrigo, de alimentação, e mesmo de reprodução, como demonstram estudos feitos pela Klabin e Aracruz. Outra afirmação falsa é de que o eucalipto gera poucos benefícios sociais e econômicos nos municípios. Quando manejados de forma adequada gera tanto benefícios como outro empreendimento rural, a começar pelo grande número de empregos diretos e indiretos que gera tanto nos viveiros como na implantação e manutenção das florestas. Além disso, gera recolhimento de impostos, investimentos em infra-estrutura, consumo de bens de produção local, fomento a diversos tipos de novos negócios e iniciativas na área social como a construção de casas, postos de saúde e escolas. Somado a todas estas informações que passamos é bom sempre lembrar que um hectare de eucalipto consome 10 toneladas de carbono da atmosfera por ano, contribuindo para a diminuição da poluição, o aquecimento global e combatendo o efeito estufa. Em resumo, mais do que ser um negócio rentável e produtivo, as plantações de eucalipto têm cumprido seu papel fundamental de reduzir a pressão sobre as matas nativas, ainda muito usadas no consumo de carvão vegetal, móveis e madeira sólida.

Florestal Brasil registra recorde no plantio

A Florestal Brasil, empresa que atua no plantio de florestas de eucalipto na região centro oeste do país registrou, no mês de outubro, recorde de plantio. Durante o período a equipe de silvicultura da empresa coordenou o trabalho responsável pelo plantio de 3.800 hectares em Mato Grosso do Sul.

Criada em 2007, a Florestal Brasil tem como plano de negócio plantar 210 mil hectares de florestas de eucalipto até 2016


“Com esse resultado a meta estabelecida para o período foi superada e a Florestal Brasil se mantém no caminho certo para atingir os 30 mil hectares de florestas plantadas de eucalipto ainda neste ano, uma das metas mais arrojadas do setor”, comenta o diretor florestal, Germano Vieira.

A produção será destinada a Eldorado Brasil, que está construindo a maior fábrica de extração de celulose em linha única do mundo em Três Lagoas (MS).


O início das atividades da nova fábrica está previsto para novembro de 2012. A capacidade de produção da nova unidade industrial será de 1,5 milhão de toneladas por ano. 

Fonte: Painel Florestal

Maratona sobre Código Florestal tem dois dias de transmissão pela internet


Senado FederalA 2ª Maratona de esclarecimento sobre as mudanças no Código Florestal, promovida pelo Comitê Brasil em Defesa das Florestas e do Desenvolvimento Sustentável, acompanha a votação, no Senado, das comissões de Ciência e Tecnologia (CCT) e de Agricultura (CRA), que acontece nos dias 7 e 8 de novembro em Brasília.

A vigília tem transmissão em tempo real pela internet, no site www.florestafazadiferenca.org.br, a partir desta segunda-feira (07), às 10h. Os programas contam com os jornalistas âncoras como, Renata Simões, Chris Couto, Andrea Vialli e Paulina Chamorro. A vigília pretende esclarecer e informar os internautas sobre o assunto, gerar audiência sobre o tema envolver a opinião pública, além de gerar massa crítica para a construção de um bom Código Florestal e dar visibilidade às audiências e debates nas comissões no Senado.


Direto de um estúdio na Vila Madalena, em São Paulo, a maratona terá entrevistas, rodas de conversas e atividades culturais, bate-papo com jovens universitários, além da participação de organizações envolvidas, especialistas e ativistas. A vigília conta ainda com pontos de transmissão ao vivo, como o que será instalado em Brasília, na terça-feira (08), durante a votação da CRA e CCT.


A vigília será divida em blocos com diferentes temas como Código Florestal e recursos hídricos. Cada bloco terá um âncora e participações de convidados, que pretendem debater as questões abordadas. Confira abaixo a programação e acompanhe a 2ª Maratona de Esclarecimento sobre o Código Florestal pelo site #florestafazadiferença.

A programação completa da vigília está disponível no site www.florestafazadiferenca.org.br.


Fonte: Assessoria, adaptado por Painel Florestal

Produção de celulose sobe 3,1% em setembro

A produção e exportação de celulose no Brasil em setembro mostraram crescimento em relação ao mesmo mês de 2010, mas caíram em comparação a agosto, sinalizando desaceleração em um setor dependente de exportações e, consequentemente, diretamente afetado pela crise econômica externa.
Dados divulgados nesta quinta-feira(3) pela Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), mostram que no mês passado a produção totalizou 1,18 milhão de toneladas - crescimento de 3,1% em relação a setembro do ano anterior e recuo de 4,8% em relação a agosto. No acumulado do ano, a produção cresceu 0,6%, para 10,554 milhões de toneladas.

As vendas externas do insumo cresceram 2,9% na comparação anual, mas caíram 13,2% na comparação mensal, totalizando 681 mil t em setembro deste ano. Entre janeiro e setembro, as exportações chegam a 6,258 milhões de t, alta de 1,2%.
A Europa, centro da atual crise financeira, continua sendo o principal destino das exportações brasileiras: no acumulado de 2011 foram exportados US$ 1,761 bilhão, crescimento de 12% ante os mesmos meses de 2010. A China, segundo mercado da celulose brasileira, mostrou avanço de 5,1%, totalizando US$ 901 milhões.
Papel
De acordo com a Bracelpa, a produção de papel foi de 822 mil t em setembro, alta de 2,9% em relação a setembro de 2010 e queda de 0,6% ante agosto.
No ano, a produção está estável frente aos nove primeiros meses de 2010, chegando a 7,361 milhões de t. As embalagens responderam por 402 mil t do total produzido no mês passado, alta de 3,6% em relação a setembro de 2010 e queda de 4,3% ante agosto.
Os papéis de imprimir e escrever mostraram estabilidade ante o nono mês de 2010 e alta de 3,2% ante agosto. Ainda de acordo com a Bracelpa, as vendas domésticas de papel subiram 0,6% na comparação anual e 3,1% na comparação mensal, para 468 mil de t. No acumulado do ano, é registrado recuo de 1,5% nas vendas domésticas de papel, para 3,899 milhões de toneladas.
"Esse resultado tem sido causado, nos últimos meses, pelo aumento das importações desses produtos, nos quais incide a imunidade de impostos quando são destinados à produção de livros, jornais e revistas", informou a associação.

Fonte: CeluloseOnline

Alternativa de cultivo de eucalipto privilegia produção de biomassa

Uma nova tecnologia para o cultivo de eucalipto para a produção de energia está em fase experimental em Botucatu, no interior de São Paulo. Em uma área de 10 hectares, a equipe de pesquisadores do Núcleo de Ensaios de Máquinas e Pneus Agroflorestais (Nempa), ligado à Faculdade de Ciências Agronômicas da Unesp, faz experimentos para otimizar o plantio voltado para a produção de biomassa. Quatro tipos de espaçamentos estão sendo testados, com até cinco vezes mais árvores por hectare do que normalmente é plantado. Também está sendo estudado o tipo de clone que melhor se adéqua ao objetivo. As mudas são cultivadas em estufas climatizadas com umidade controlada e aos 45 dias são transplantadas para o terreno. 
O projeto terá três anos de duração, com avaliações econômicas e de desempenho antes de ser disponibilizado para o mercado. “Periodicamente realizamos testes para verificar o rendimento da plantação. A floresta mais densa, por exemplo, gera competitividade entre os indivíduos que precisam se esticar para obter luz solar, o que resulta em árvores mais esguias e alongadas. Como as árvores não serão utilizadas para lenha ou chapas de madeira o diâmetro não é o mais importante”, explica Saulo Guerra, engenheiro florestal e coordenador do Nempa. O pesquisador vai apresentar o projeto no Fórum Brasileiro de Biomassa Florestal, no dia 19 de novembro, em Lages (SC), com a palestra “Alternativas para a colheita florestal, com foco na produção de biomassa”. 
“Um dos diferenciais dessa alternativa é o tempo reduzido de colheita, que é de um ano e meio a dois, enquanto o método tradicional exige de cinco a sete anos para o primeiro corte. Depois de cortados, os eucaliptos crescem novamente sem necessidade de replantio, pelo menos nesse primeiro momento”, destaca o especialista.  A colheita precoce do eucalipto será realizada em 2012, nos moldes de uma cultura de linha, como cana ou milho e em seguida transformada em cavaco pelo mesmo equipamento, já pronto para ser transportado. 
Guerra ressalta que existe pouca produção de eucalipto destinada à produção de biomassa e que esse pode ser um nicho interessante para o empresariado brasileiro. “Até 2020 o continente europeu pretende ter 20% da sua energia proveniente de fontes renováveis. Esse aumento na demanda pode se converter em uma oportunidade de negócios para o Brasil”, observa.
Evento
O Fórum faz parte da programação do Florestal&Biomassa - Encontro Latino-americano de Base Florestal e Biomassa, que será realizado de 17 a 19 de novembro, no Parque de Exposições Conta Dinheiro, de Lages (SC). O evento ainda terá o 3° Congresso Internacional do Pinus, e a Expo Florestal&Biomassa, uma feira de insumos e produtos da silvicultura, máquinas e equipamentos para as indústrias de madeira, papel e celulose e  biomassa, vai levar até os visitantes as principais novidades para a atividade florestal.
O evento é uma realização do Sindimadeira de Lages e da Associação Rural de Lages, com promoção e organização da Hannover Fairs Sulamérica e apoio do Governo de Santa Catarina, por meio da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte com o Funturismo, e das Prefeituras de Lages, Otacílio Costa e Correia Pinto, entre outras importantes entidades.

Fonte: florestalbiomassa.com.br

BIOENERGIA: ESTUDO APONTA NOVA TÉCNICA DE ETANOL DE CELULOSE

O trabalho intitulado “Influência de Diferentes Fontes de Carbono e Nitrogênio na Produção de Xilanase e Celulases por Myceliophthora sp. M.7.7”, conquistou o primeiro lugar na área de microbiologia industrial no 26º Congresso Brasileiro de Microbiologia, realizado em outubro, em Foz do Iguaçu (PR). De autoria da doutoranda Marcia Moretti, do Ibilce (Instituto de Biociências, Letras e Ciências Exatas), o estudo tem como foco a produção de etanol de segunda geração (etanol lignocelulósico), ou seja, o álcool extraído da celulose presente em resíduos industriais, como o bagaço da cana-de-açúcar.

Brasil e Estados Unidos são os países que mais têm investido para tornar possível a produção de etanol de segunda geração, mas o maior entrave é o custo de obtenção desse álcool pelas técnicas já conhecidas. A pesquisa de Marcia se destaca por apresentar uma forma de obtenção do combustível por meio da conversão da biomassa lignocelulósica (fonte de açúcares fermentáveis) em açúcares. O estudo também avalia os tratamentos físico-químicos e enzimáticos sobre bagaço e palha da cana.


O projeto ainda é um modelo de laboratório, mas a expectativa dos pesquisadore envolvidos é aplicá-lo em indústrias, inclusive em produções de grande escala. “A finalização e aplicação da pesquisa nas biorrefinarias poderá gerar redução de custos durante todo o processo até a obtenção do produto final, o que tornará essa uma forma bem-sucedida de energia alternativa”, afirma Marcia.


Premiação


Marcia, que é bolsista da Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo), concorreu ao prêmio com mais de duzentos trabalhos. Para a orientadora da pesquisa, a professora Eleni Gomes, a premiação é mais uma etapa vencida e uma renovação das energias para dar andamento ao estudo, que está na metade. “É uma fase de maturidade científica, em que o projeto está se solidificando e se tornando mais consistente, além de uma confirmação de que estamos no caminho certo”, afirma.


Além desse projeto, outros estudos de São José do Rio Preto se destacaram durante o congresso: o trabalho de Ana Theresa Silveira de Morais, doutoranda do Ibilce, foi eleito o melhor na área de virologia; e Adriano Mondini, ex- aluno da Unesp, recebeu o prêmio Jovem Microbiologista, concedido pela Sociedade Brasileira de Microbiologia e Sociedade Americana de Microbiologia. (informações do Ibilce)


Fonte: Agência Ambiente Energia, adaptado por Painel Florestal

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Kamaju mudas e projetos

terça-feira, 1 de novembro de 2011

CONHECENDO MAIS SOBRE O EUCALIPTO

Aspectos Botânicos


O gênero Eucalyptus, pertencente à família Myrtaceae, tem sua origem na Austrália, exceto pelas espécies E. urophylla e E. deglupta que ocorrem em ilhas na Oceania fora da Austrália.


O Eucalyptus é dividido em 8 subgêneros: Blakella, Eudesmia, Gaubaea, Idiogenes, Telocalyptus, Monocalyptus, Symphyomyrtus e Corymbia (hoje considerado gênero).


Atualmente, têm-se de 600 a 700 espécies já identificadas, com diferentes exigências quanto à fertilidade de solo, tolerância a geadas e a seca, possibilitando seu plantio em mais de 100 países, todos com importância econômica.


No Brasil, as principais espécies plantadas são o E. grandis, E. saligna, E. urophylla, E. viminalis, híbridos de E. grandis X E. urophylla, E. citriodora, E. camaldulensis, outros.


A primeira descrição botânica do género foi da responsabilidade do botânico francês Charles Louis L'Héritier de Brutelle, em 1788.“O nome do seu género faz referência à capa ou opérculo que cobre os órgãos reprodutores da flor, até que cai e os deixa a descoberto. Este opérculo é formado por pétalas modificadas. De facto, o poder atractivo da sua flor deve-se à exuberante colecção de estames que cada uma apresenta, e não às pétalas, como acontece com muitas plantas. Os frutos são lenhosos, de forma vagamente cónica, contendo válvulas que se abrem para libertar as sementes. As flores e os frutos do eucalipto são, de facto uvas “.


Quase todos os eucaliptos têm folhagem persistente, ainda que algumas espécies tropicais percam as suas folhas no final da época seca. Tal como outras mirtáceas, as folhas de eucalipto estão cobertas de glândulas que segregam óleo - este género botânico é, aliás, pródigo na sua produção. Muitas espécies apresentam, ainda dimorfismo foliar. Quando jovens, as suas folhas são opostas, de ovais a arredondadas e, ocasionalmente, sem pecíolo. Depois de um a dois anos de crescimento, a maior parte das espécies passa a apresentar folhas alternadas, lanceoladas a falciformes (com forma semelhante a uma foice), estreitas e pendidas a partir de longos pecíolo.


 

Figura 1 – Exemplar de Eucalyptus sp.

Fotografado por: Stephane Bocken


Usos


A partir do início do século XX, o eucalipto teve seu plantio intensificado no Brasil, sendo usado durante algum tempo nas ferrovias, como dormentes e lenha para as locomotivas chamadas de “marias-fumaças”e mais tarde como poste para eletrificação das linhas.


No final dos anos 20, as siderúrgicas mineiras começaram a aproveitar a madeira do eucalipto, transformando-o em carvão vegetal utilizado no processo de fabricação de ferro-gusa. A partir daí, novas aplicações foram desenvolvidas, com o aproveitamento total do eucalipto.


 Das folhas, extraem-se óleos essenciais empregados em produtos de limpeza e alimentícios, em perfumes e até em remédios. A casca oferece tanino, usado no curtimento do couro, pode ser mantida no solo afim de sua reciclagem e liberação de nutrientes ou, levada para fábricas para serem queimadas, e assim, liberar energia.. O tronco fornece madeira para sarrafos, chapas, lambris, ripas, vigas, postes, mourões, varas, esteios para minas, mastros para barco, tábuas para embalagens e móveis ou usado como fonte de energia na forma de lenha ou carvão. Sua fibra é utilizada como matéria-prima para a fabricação de celulose e papel.


Doenças


1.      Ferrugem


A Ferrugem é causada pelo fungo por Puccinia psidii que, atualmente, têm causado sérios problemas em plantios jovens, viveiros e jardins clonais de Eucalyptus. sendo que O fotoperíodo, temperatura e umidade são fatores condicionantes para a ocorrência da doença. Ataca órgãos tenros (primórdios foliares com seus pecíolos, terminais de galhos e haste principal) e seu indício é o encarquilhamento desses órgãos e sua cobertura por esporulação de coloração amarelo-gema de ovo. Para o controle no campo, o uso de ungicidas para o controle de Puccinia psidii não é economicamente viável. A melhor forma de controle é a seleção de materiais genéticos resistentes. Em viveiros e jardins clonais, o controle de ataques intensos utilizando fungicidas é eficiente, sendo recomendado o uso de mancozeb, oxicloreto de cobre, triadimenol, diniconazole ou triforine.



Figura 2 – Esporos de Puccinia psidii

Fotografado por: Desmond Ogata


2. Cancro


O cancro do eucalipto é uma das doenças mais importantes de ocorrência no campo, causada por várias espécies de fungos, como Cryphonectria cubensis, Valsa ceratosperma - fase sexuada, e Cytospora spp. - fase assexuada e Botryosphaeria ribis. O cancro de Cryphonectria cubensis foi considerado como a principal doença que afetou a cultura do eucalipto no Brasil na década de 70. Trata-se de uma doença de ampla distribuição geográfica, ocorrendo em regiões tropicais do continente americano.


Essa doença é caracterizada pela morte dos tecidos da casca, decorrente da ação de vários agentes abióticos e bióticos. Os sintomas típicos ocorrem em plantios jovens, com até dois anos e caracterizam-se por lesão margeada de calos, com a morte do câmbio e de parte da circunferência do tronco. Trata-se de uma lesão profunda. Os calos são respostas da planta ao patógeno, que impede o anelamento do tronco pela lesão. A presença desses calos indica que a planta não morrerá, pois a lesão encontra-se delimitada pelos calos. O controle recomendado é a utilização de espécies, procedências, progênies ou clones mais resistentes a estes patógenos.


A nutrição das árvores também afeta o desenvolvimento do cancro.



 

Figura 3 – Sintomas de Cancro

Foto: Júlio César Valente 


             3. Oídio


O oídio é causado pelo patógeno Oidium sp. Esse fungo ataca várias espécies de eucalipto em condições de viveiro, casa de vegetação e campo. A espécie mais suscetível a essa doença é o Eucalyptus citriodora.


Os sintomas aparecem principalmente em gemas e brotações, causando deformidade ou morte das mesmas. Esses sintomas são caracterizados pelo recobrimento das partes afetadas por estruturas de coloração esbranquiçada. Em mudas, o ataque sucessivo causa superbrotamento, resultando em mudas de baixa qualidade. No campo, a ocorrência de oídio causa perda da dominância apical, afetando a formação de um fuste reto.


Para o controle da doença em viveiro pode-se fazer aplicação de benomyl mais enxofre molhável. No campo, a doença tende a desaparecer com o desenvolvimento da planta, através da troca da folhagem juvenil pela adulta.


4. Mofo Cinzento


A doença mofo cinzento é causada pelo patógeno Botrytis cinerea, sendo comumente encontrada em canteiros com alta densidade de mudas (700 mudas/m2), sob condições de alta umidade (acima de 70%) e temperaturas amenas (outono e inverno). Esse patógeno vive saprofitamente no solo e sua disseminação se dá principalmente pelo vento.


Inicialmente, as folhas apresentam-se enroladas, em seguida, secam-se e caem. As partes afetadas apresentam coloração acinzentada (estruturas do patógeno). Por afetar os tecidos jovens da parte aérea das mudas, causa morte do ápice ou mesmo a morte da planta.


O controle é feito através do manejo, como redução da densidade das mudas no viveiro, dosagem correta de adubos nitrogenados e a retirada das folhas infectadas das plantas e as caídas no solo. Além do manejo, o controle químico pode ser feito com pulverização de thiram, manzate, captan, iprodione ou vinclozolin.


5. Manchas Foliares de Cylindrocladium


Doença causada pelos fungos do gênero Cylindrocladium, comum em viveiros de mudas e em plantações de eucalipto, porém os danos não são tão consideráveis.


Os sintomas causados pela doença caracterizam-se por manchas de forma e coloração variáveis. Pode ocorrer intensa desfolha, sendo que os brotos não são atingidos, o que favorece a recuperação das plantas.A presença do patógeno pode também ser observada em ramos, na forma de lesões necróticas escuras recobertas por estruturas de coloração esbranquiçada.


Pode-se adotar medidas preventivas em caso de viveiros, onde a ocorrência da doença é comum, através de pulverizações com fungicidas cúpricos ou ditiocarbamatos, alternados com benomyl. No caso de plantios, a sugestão é a utilização de materiais genéticos resistentes.



 6. Tombamento de Mudas ou “DAMPING-OFF”


O tombamento é uma doença causada pelos fungos Cylindrocladium candelabrum, C. clavatum, Rhizoctonia solani, Pythium spp., Phytophthora spp. e Fusarium spp. Esses fungos habitam o solo, onde vivem como saprófitasou na forma de estruturas de resistência.


Os propágulos desses fungos são disseminados através da água da chuva ou da irrigação, vento ou partículas de solo aderidas a suplementos agrícolas, sendo que em ambientes com alta umidade favorecem a ocorrência de tombamento. O ataque compromete as sementes em germinação, afetando os tecidos tenros. Ocorre inicialmente no colo da plântula, podendo se estender ao hipocótilo, com aspecto inicial de encharcamento, evoluindo para uma coloração escura, com posterior tombamento e morte da muda.


Em canteiros novos, quando semeados a lanço, é comum a ocorrência da doença em reboleiras. Esse problema pode ser evitado com o uso da semeadura direta em tubetes suspensos. Porém, cabe ressaltar que a água de irrigação e o substrato devem estar livres de inóculos dos patógenos. O uso de brita como material de cobertura do solo do viveiro evita a contaminação. Ainda em relação ao substrato, este deve apresentar boa drenagem. Pode-se usar fungicidas através da água de irrigação ou de pulverizações sobre o substrato e/ou mudas, variando a periodicidade conforme a necessidade. Para o controle de Pythium e Phytophthora,  é recomendável o uso de metalaxyl, e para Rhizoctonia, uma combinação de captan com um ditiocarbamato (maneb, zineb ou thiram). Para Cylindrocladium ou Fusarium, pode-se usar benomyl juntamente com captan ou thiram.


7. Podridão de Raízes


Essa doença é comum em condição de má drenagem do substrato, que acaba favorecendo a infecção das raízes por Phytophthora e Pythium.


As raízes morrem, ficando com coloração marrom-escura.


O controle é feito com o uso de substratos leves (baixa densidade dos componentes) e da adequação da irrigação às características físicas do substrato, de modo que estes fiquem bem drenados, sem excesso de água.


O controle químico da podridão de raiz é similar ao controle do tombamento.


8. Podridão de estacas e miniestacas


A podridão de estacas pode ser causada por Cylindrocladium spp., Rhizoctonia solani, Fusarium spp., Botryosphaeria ribis e Colletotrichum sp. Essa doença foi problemática quando se utilizavamacroestacas provenientes de macrojardim clonal em condiçõesde campo. Com a evolução dos jardins clonais em campopara os minijardins clonais, tem-se verificado reduções na ocorrênciadesta doença devido à utilização de soluções nutritivas efertirrigações sistemáticas, que permitiran melhor estado nutricional das miniestacas em relação às macroestacas e ao uso deareia e substratos inertes no processo de produção em vez de solo,que é fonte de propágulos.Na maioria das vezes, a ocorrência de podridão em miniestacasse deve a desequilíbrios nutricionais e não ao ataque depatógenos. Um nutriente que está bastante associado a estas podridõesé o cálcio, quando em deficiência.


O sintoma da podridão é caracterizado por uma lesão escura na base da estaca, a qual progride para o ápice, causando morte das gemas e impedindo o enraizamento. Podem ser encontradas as estruturas dos diferentes patógenos relacionados à doença: frutificações branco-cristalinas de Cylindrocladium, estruturas marrom-avermelhadas de Fusarium, pontuações escuras (picnídios) de B. ribis ou acérvulos de Colletotrichum com ou sem massa alaranjada.


Quando é causada por patógenos, recomenda-se o uso de hipoclorito de sódio e/ou fungicidas nos materiais envolvidos na produção de estacas, ou seja, as estacas, as caixas e os recipientes devem ser tratados, e a casa de vegetação, após um ou dois ciclos, receber tratamento com hipoclorito de sódio e sulfato de cobre. No entanto, se a podridão de miniestacas estiver associada à carência de cálcio, sugere-se a aplicação foliar de cloreto de cálcio na dose de 3 a 5 g.L-1 .


Fonte: Principais Doenças na cultura de Eucalyptus. Informações agronômicas Nº93- Março de 2001.



Pragas


1.      Formigas cortadeiras


.           Estes insetos danificam o eucalipto na produção de mudas e no campo. O custo despendido com o controle desta praga corresponde a 5% do custo total de implantação ou 30% do investimento total da cultura ao final do terceiro corte. As saúvas ocorrem em todo o Brasil, as espécies mais importantes são: Atta sexdens rubropilosa (saúva-limão) e Atta laevigata (saúva-cabeça-de-vidro). Esses indivíduos constroem seus ninhos subterrâneos, interligados por galerias, e usam substrato vegetal para o desenvolvimento de seu fungo, do qual se alimentam. As quem-quéns também possuem importância econômica nas fases de viveiro e campo. O gênero Acromyrmex possui as espécies que apresentam maior importância na cultura do eucalipto. Seus ninhos também são subterrâneos, mas menores que os das saúvas.


Para o controle de formigas cortadeiras, o método mais eficiente é a aplicação de produto químico tóxico utilizado diretamente nos ninhos, nas formulações pó, líquida ou líquidos nebulizáveis, ou na forma de iscas granuladas, aplicadas nas proximidades das colônias. O emprego de iscas granuladas, principalmente através de porta-iscas (PI) e microporta-iscas (MIPIs), é considerado eficiente, prático e econômico. Oferecem maior segurança ao operador, dispensam mão-de-obra e equipamentos especializados. A quantidade de iscas utilizadas em MIPIs é variável dentro da faixa de 1,6 a 3,0 kg.ha-1, com MIPIs espaçados de 6 x 6 m ou 6 x 9 m, aplicadas cerca de um mês antes do corte das plantas ou 15 dias após a roçada.


2.      Cupins


Os danos causados pelos cupins em florestas plantadas, ocorrem desde o plantio até a colheita.


As principais espécies que atacam o Eucalyptus, no Brasil, pertencem às famílias Kalotermitidae, Rhinotermitidae e Termitidae. Na região Neotropical, as espécies de Eucalyptus apresentam elevada mortalidade nos estádios iniciais do estabelecimento no campo, além de danos em árvores vivas e em cepas, devido ao ataque de cupins. As espécies mais susceptíveis são: E. tereticornis, E. grandis, E. citriodora e E. robusta.


O controle dos cupins pode ser realizado de três maneiras:


a. Aplicação de inseticidas nas covas em pré-plantio. Utilizar inseticidas que tenham como princípios ativos os seguintes componentes: Aldrin, Heptacloro ou Teflutrina. Utilizar aproximadamente 10 g do produto por cova.

b. Tratamento do substrato. Utilizar inseticidas que tenham longo período residual e com os seguintes princípios ativos: Fipronil ou Bifentrina.

c. Imersão das mudas em uma solução contendo o inseticida.

           

3.      Lagartas desfolhadoras


Várias espécies de lagartas desfolhadoras atacam os povoamentos de eucalipto, sendo a Thyrinteina arnobia a principal praga. O dano causado pela T. arnobia e demais lagartas na cultura do eucalipto é o desfolhamento da planta, podendo, em caso de ataques sucessivos, paralisar o seu crescimento, diminuindo a produtividade.


As fêmeas apresentam-se com asas de coloração branca e pontuações negras bem esparsas; possuem antenas filiformes e envergadura média de 48,6 mm. Os machos são menores e apresentam coloração castanha variável nas asas anteriores, antenas bipectinadas e envergadura média de 35 mm. Os ovos são verde-acinzentados e escurecem progressivamente até a coloração preta, quando as lagartas estão prestes a eclodir. As lagartas apresentam seis estádios com duração média de 26,8 dias, chegando a medir 50 mm de comprimento no final desta fase. Para empupar, a lagarta elabora um casulo rudimentar, cujos fios de seda são presos em uma ou mais folhas do eucalipto ou da vegetação rasteira. Esta fase dura 9,3 dias.


O controle desta praga florestal pode ser feito utilizando-se de inimigos naturais predadores e parasitas.


4.      Besouro amarelo


Os adultos de Costalimaita ferruginea vulgata (Coleoptera: Crysomelidae)   alimentam-se das folhas, deixando-as perfuradas ou rendilhadas. Os ataques são mais severos em áreas próximas a canaviais, em razão das larvas se desenvolverem em raízes de gramíneas.


Conhecidos por “vaquinha” e “besouro-amarelo-dos-eucaliptos”, estes insetos ocorrem nos Estados de Rio Grande do Norte, Pará, Maranhão, Bahia, Goiás, São Paulo e Paraná. Em Minas Gerais, são freqüentes em regiões de cerrados, danificando plantios jovens, devido à migração dos adultos das plantas nativas. As larvas desenvolvem-se no solo e os adultos são besouros de coloração parda-amarelada-brilhante, pequenos, com medida em torno de 5-6 mm de comprimento, alimentando-se das folhas de eucalipto.


Para efetivo controle, pode-se favorecer o aumento da população de inimigos naturais, ou em caso de surto, usar inseticidas químicos.



5.      Bicudo australiano do Eucalipto


Adulto de Gonipterus scutellatus, apresenta coloração castanha-avermelhada, ou acinzentada, mede cerca de 1 cm de comprimento. As larvas são verde-amarelada, com duas linhas escuras sobre o corpo.


Este inseto é encontrado na região Sul, São Paulo e Espírito Santo, mas vem atingindo novas áreas.


As folhas são atacadas tanto por larvas quanto por adultos, que se alimentam do limbo foliar, prejudicando a produtividade da árvore.


Para efetivo controle, pode-se favorecer o aumento da população de inimigos naturais.

 

Figura 6 – Adulto de Gonipterus scutellatus

Foto: Moreno



Colheita e Transporte do Eucalipto


Na fase de corte são realizadas as operações de derrubada, desgalhamento, traçamento e preparo da madeira para arraste e empilhamento.


            Os principais equipamentos utilizados são: motosseras, tratores derrubadores empilhadores “feller buncher” e tratores derrubadores com cabeçotes processadores “harvesters”


As operações de extração podem ser feitas por arraste, baldeação ou suspensão. Em terrenos pouco acidentados, um caminhão do tipo 4 x 4 “forwaders”, ou até tratores agrícolas com carretas, atendem bem esta etapa da extração.


            A extração pode ser dividida em extração mecanizada (com a utilização de tratores) e não-mecanizada (com a utilização de animais como bois, da própria gravidade, ou ainda utilizando-se rios, principalmente na região Amazônica).


            Os meios de extração mais utilizados no Brasil são: manual, animal, guincho, teleférico, trator agrícola modificado “mini-skidder”, trator florestal arrastador “skidder”, trator agrícola com carreta e auto-carregável convencional “forwarder”.


As maneiras mais comuns de desgalhamento são: manual com machado e motosserra, grade desgalhadora e motosserra, cabeçote de harvester, e desgalhador e traçador mecânico.


O trabalho manual de descascamento tende a desaparecer, pois o trabalho é pesado e de baixo rendimento; além disso, o mercado oferece bons descascadores mecânicos:


• Descascador mecânico portátil do tipo anelar, para descascamento no local do corte.

• Descascador mecânico de tambor rotativo, que é um equipamento de instalação mais onerosa, porém de manutenção mais simples, destinado a operar principalmente no interior das indústrias.


            O transporte de madeiras está atrelado às leis de transporte de cargas vigentes no Brasil devendo obedecer às normas de carga máxima por eixo e comprimento máximo dos implementos no caso de carretas. As estradas florestais somam um total de 620.000 Km em todo o território brasileiro. Para se obter um transporte eficiente e com custo menor deve-se otimizar o sistema todo, como segue:


• Reconhecimento dos caminhos florestais a serem utilizados: escolher os que apresentarem uma melhor relação entre distância e velocidade média.

• Realizar o processo de carregamento e descarregamento de maneira rápida e precisa a fim de se reduzir o tempo de ciclo entre o carregamento no estaleiro e o descarregamento na indústria.

• Utilizar o caminhão ou carreta com implemento adequado ao sistema de colheita escolhido.

• Realizar um treinamento com o operador a fim de se obter o máximo de produtividade sem danificar o caminhão.