Marcado como o Dia de Proteção às Florestas, 17 de
julho remete à atuação de governo e sociedade civil em defesa de um dos
seus bens mais importantes. Nesse sentido, ações com fins
conservacionistas como o Programa Agricultura de Baixa Emissão de
Carbono (ABC), do Governo Federal, são primordiais para colocar em
prática essa conscientização. Além de
preservar espécies florestais nativas, o produtor que opta por adotar
práticas financiadas pelo programa ainda obtém lucros, a partir da
plantação de espécies arbóreas como paricá, guanandi, sabiá, erva-mate e
seringueira.
O Programa ABC oferece crédito aos produtores rurais
para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis. O principal objetivo é
fazer frente aos desafios trazidos pelas mudanças climáticas, com a
meta de reduzir, até 2020, entre 133 a 162 milhões de toneladas de CO2.
Relativo ao reflorestamento, as principais práticas
incentivadas são as de integração Lavoura-Pecuária-Floresta (iLPF) e
implantação e manutenção de florestas comerciais. “O desmatamento já vem
diminuindo em biomas importantes e o financiamento de práticas que
preservem espécies nativas auxiliará tanto na preservação ambiental
quanto na captação de gás carbônico na atmosfera”, afirmou o secretário
de Desenvolvimento e Cooperativismo, Erikson Chandoha.
Para a Região Norte, algumas das espécies indicadas
são a paricá (ideal para fabricação de laminado e compensado) e o
mandiocão (pode ser utilizada para fabricação desde laminados a palitos
de fósforo). Na Região Centro-Sul, recomenda-se o guanandi (fabricação
de canoas e vigas de escoramento) e o pau-jacaré (madeira estrutural) e a
seringueira (borracha). Quanto à Região Nordeste, destaque para o sabiá
(produção de estacas, lenha e carvão). Já a Região Sul tem como boas
opções a bracatinga (lenha e carvão, mobiliário) e a erva-mate (folhas
utilizadas para a produção de chá).
O Programa ABC é uma das iniciativas do Governo
brasileiro para diminuir o desmatamento e fomentar o aumento de espécies
exóticas plantadas em biomas como a Amazônia. Em junho, o Governo
Federal anunciou que 81,2% da Amazônia Legal encontra-se integralmente
preservada e que o Brasil acaba de conquistar a menor taxa de
desmatamento desde que a medição começou a ser feita, em 1998.
De acordo com dados do Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais (Inpe), de agosto de 2010 a julho de 2011, foram
desmatados 6,4 mil quilômetros quadrados da região e, de 2004 a 2011, o
desmatamento na Amazônia Legal sofreu uma queda de 78%.
Financiamento pelo ABC
Os produtores interessados em adotar práticas
financiadas pelo programa devem entrar em contato com sua agência
bancária para obter informações quanto à aptidão ao crédito,
documentação necessária para o encaminhamento da proposta e garantias.
Para a safra 2012/2013, o programa terá R$ 3,4
bilhões disponíveis em linhas de crédito. A taxa de juros para o período
diminui em relação à safra anterior, de 5,5% para 5% ao ano, a menor
fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial.
Fonte: Painel Florestal.